O inverno no sul já terminou oficialmente. Ainda temos algumas noites frescas, daquelas que reclamam um moleton e que para dormir ainda puxamos uma coberta. Mas é evidente que os termômetros estão subindo. Já retomei o uso de bermudas em casa durante o dia e meu hábito (certamente herdado de minha bisavó tupiniquim) de andar descalço. Para quem não conhece as praias do RS, com a possível exceção de Torres, tem uma característica unânime: são sofríveis. Nosso litoral é marcado por ventos frios e constantes, água escura (quando não poluída), areia grossa e escura e uma temperatura de água que a torna ideal… para pinguins! Diante desta realidade me lembro de nossa temporada na República Dominicana e tomo a liberdade de postar aqui um trecho em que comento esta experiência tão diferente.
“Praia! Sim praia... não um praiazinha feia, com areia grossa e água escura. Não praia com uma água em que se molhar é mais uma afirmação de virilidade do que prazer de se molhar.... Mas uma praia com areia branca..., com uma água que é fresca e não fria, de uma transparência quase obscena, com corais e peixes coloridos, com árvores e sombra para se descansar... esta é a praia de Sosua, que fica a 2 horas de casa. Estivemos lá ontem com toda a comunidade. Saímos de casa às 6 horas e às 8:30 já estávamos dentro da água. Só saímos da areia às 16:30 quando ninguém mais aguentava e já era hora de voltar. Como sou um cara de sorte descobri que ali não é o paraíso que parece ser. Logo em um dos primeiros mergulhos, descobri o prazer de se bater o dedão do pé em um ouriço do mar. Considerei arrancar o dedão fora de tanta dor, mas como não consigo mais alcançá-lo com os dentes, tive que esperar. Foi bom, pois em meia hora não doía mais e assim continuo com os 10 dedos do pé. De tarde fomos a um recife (reparem bem no meio da baía) ali descobrimos um ponto em que dois recifes quase se tocam. Sobre o recife a profundidade é de 50 cm, mas o fundo do mar fica a cerca de 6 metros de profundidade. Assim é possível mergulhar e passar por baixo dos recifes neste ponto. Passei várias vezes e me diverti muito. É claro que me queimei além do que devia, mas foi um preço baixo pelo prazer de curtir a praia.”
Fico então mais na lembrança que na esperança de curtir uma praia assim. Sei que para muitos, a definição do céu é uma praia assim ou ainda melhor. Enquanto esperamos por este “ainda melhor”, deixo com vocês esta lembrança agradável!
Puxa....! Estava mesmo lembrando da República Dominicana esses dias..!! Faz falta, né?!? Muitas coisas não, eu sei, mas as praias e o espanhol.... ahhhh que saudade!!!
ResponderExcluirQuem sabe ainda conseguimos dar um pulo lá um dia?
Bjos, pai!